Se a fama de Banksy foi construida em cima de figuras emblemáticas, satíricas, girando principalmente em torno da crítica ao sistema capitalista, denúncias sobre os problemas atuais da sociedade, ele não podia ter tido um insight melhor para criar sua mais recente e grande obra: Dismaland, um parque que recria, ou melhor, faz uma releitura do mundo fantástico da Disneylandia sob uma ótica inversa: "a vida não é sempre um conto de fadas"... frase do próprio Banksy em uma de suas obras anteriores.
De acordo com Aleynne (CNN), logo na entrada os visitantes são recebidos por uma garota com olhar mórbido e orelhas de Mickey Mouse, cumprimentando-os às portas da antiga piscina pública e avistam imediatamente um castelo de conto de fadas decrépito em um fosso de água escura e uma van da polícia caida. Em torno dela: uma lâmina de cabeça para baixo formado a partir de um caminhão velho maltratado, um carrossel de uma antiga escola e uma roda-gigante, entre tantas outras surpresas.
O parque foi aberto oficialmente ao público neste sábado, dia 22 de agosto, anunciado como um "parque de espanto", uma visão distorcida do chamado "lugar mais feliz na Terra" a Disney, sendo esta a sua maior exposição.
Para os que não conhecem Banksy, é um artista de rua misterioso cuja identidade até hoje não foi revelada ao público. Sabe-se apenas que ele foi criado numa cidade vizinha de Bristol e construiu sua reputação artística com grafittes frequentemente cômicos por todos os lugares de Londres a Gaza. Explorou temas como a guerra, a corrupção política, a esperança e a revolução com stencils e tinta spray.
Outros artistas fazem parte da mostra a exemplo de Damien Hirst, Jenny Holzer, e o próprio Banksy com obras independentes (que não fazem parte da temática do parque), juntamente com artistas menos conhecidos. Muitos dos mais de 50 artistas de 17 países exibem uma quota de irreverência comum para o estabelecimento político e cultural.
Outros artistas fazem parte da mostra a exemplo de Damien Hirst, Jenny Holzer, e o próprio Banksy com obras independentes (que não fazem parte da temática do parque), juntamente com artistas menos conhecidos. Muitos dos mais de 50 artistas de 17 países exibem uma quota de irreverência comum para o estabelecimento político e cultural.
(Foto: Reuters/Suzanne Plunkett) |
Foto: Reuters/Suzanne Plunkett) |
Como foi dito, não é somente a Disney o centro das atenções na Dismaland. Há outras instalações a exemplo barcos de migrantes cercado por corpos flutuando.
Barco de refugiados |
(Foto: Toby Melville/Reuters) |
Na realidade, " é um parque familiar, porém, inadequado para crianças", afirma o próprio artista.
Afinal, tudo o que está exposto serve como reflexão para os rumos que a humanidade vai tomando e nem se dá conta dos malefícios que vão sendo constituídos a partir de suas ações.
Foto: Reuters/Suzanne Plunkett |
Dismaland brochure / Park aerial view courtesy Upfest / Photo of construction |
Por: Carla Camuso
Fontes: CNN Style
G1.globo.com
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