Registro Rupestre (pré-história da arte)
O ser humano tem o dom da comunicação...de qualquer jeito e em qualquer lugar ele entende e se faz entender nas mais variadas formas possíveis. O homem também se percebe enquanto ser único (cada um rem seu próprio saber a partir de suas experiências) e mortal, levando consigo toda sabedoria quando sua existência chega ao fim.
Mas... eis que uma brilhante ideia surgida, ocasionalmente ou não, favoreceu a eternidade de sua sapiência, de seus conhecimentos, de sua presença na terra: O REGISTRO.
Registrar coisas... o mundo em sua volta... as práticas... qualquer coisa que o diferencie do mundo dos bichos.
A essas práticas iniciais, ocorridas há pelo menos 50 mil anos antes do tempo presente, deu-se o nome de REGISTRO RUPESTRE. Esse passa a ser considerado a "certidão de nascimento" da humanidade. É um dos documentos que comprovam a sua existência em tempos remotos.
Geralmente quando se fala de registro ou arte rupestres as pessoas tendem a pensar que as imagens quanse sempre estão relacionadas à caça. Isso aconteceu porque os primeiros registros encontrados (na caverna de Lascaux - França e Altamira - Espanha) tinha uma quantidade enorme de bizontes pintados com lanças em seus corpos e também os próprios homens com as lanças na mão. POr estarem em uma caverna de difícil acesso, em que era possível apenas uma pessoa passar, deduziram que se tratava de um ritual sagrado. Entretanto, o exemplo tirado dessas cavernas específicas acabou virando uma hipótese generalizada.
Alguns estudiosos (arqueólogos, historiadores, antropólogos e outros do gênero) trataram de decifrar o que significava cada coisa pintada. Criaram diversas hipóteses. Mas desse tempo, ninguém pode afirmar nada concretamente a não ser de que material foi feito: sangue de animais, clara de ovo, excrementos de animais, argila, carvão, pó de rochas, óxido de ferro, porque é possível provar.
Ou o tempo que foi feito partindo de datações por processos químicos - CARBONO 14 (http://www.cidadeverde.com/alcide/alcide_txt.php?id=17481) ou físicos - TERMOLUMINESCÊNCIA (http://mundopedra.blogspot.com.br/2010/12/termoluminescencia-termoluminescencia-e.html)
O que eu quero dizer com tudo isso? Que qualquer afirmação sobre simbologias e significados relacionados aos registros na pré-história pode ser verdadeira OU NÃO. Essa é a única certeza.
Alguns livros dizem que representam "magia propiciatória à caça" ou "rituais", ou "culto à fertilidade", representações cosmogônicas... bla, bla, bla... o fato é que até nós poderíamos atribuir um outro significado ao que foi pintado.
Então, quando lerem uma afirmação tipo: Essa pintura significa... Fuja.
Aceite as que tem as palavras: provavelmente, é possível que seja, ou no mínimo, representa aspectos do cotidiano dos povos pré-históricos que é menos detalhista. (Essa estratégia funciona bem para não cair em pegadinhas nos exames, vestibulares e concursos.
E se a pedra for tipo uma lousa e alguém desenhou para explicar como deve ser feito tal coisa... ou a ilustração de uma história sendo contada ao pé da fogueira... e se essa ilustração fala apenas de uma festa em que aquele animal não é uma caça e sim um bichinho domesticado? Que importa? Ninguém viveu nessa época para atestar ou contestar mesmo!
Segue slide com algumas imagens
Saudações artísticas
Carla Camuso
O Brasil surpreendeu com a quantidade de sítios
arqueológicos encontrados e desbancou
até a teoria de que fomos povoados pelos estreito de Bering há 12 mil anos a.C.
Na Serra da Capivara – (Piaui) temos registros rupestres datando 40 a 50 mil anos antes do tempo
presente. Foi por terra a teoria.
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